O negrume da noite nos trouxe o medo e o amor
e nem conseguimos distingui-los,
misturaram-se aos pensamentos e à poeira;
tudo em volta podia ser um grito de paixão,
como podia ser um terror escancarado,
aberto numa boca cheia de cáries.
Eles tinham o mesmo cheiro de infância:
submissão.
E engrandeciam as sombras tornando-as braços da morte,
aconchegantes bíceps
que apertavam a garganta e inundavam os corações.
Alguém gritou: "chegou o amor!".
Uma luz acendeu o dia e os pássaros voaram no contraste do azul indefinido
como sempre faziam.
terça-feira, 19 de maio de 2009
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